Revisão da vida útil na gestão do ativo imobilizado: saiba tudo a respeito

Revisão da vida útil na gestão do ativo imobilizado: saiba tudo a respeito

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Avaliação de Ativos

A revisão da vida útil na gestão do ativo imobilizado é obrigatória desde 2008, quando lei própria foi criada exigindo esta revisão. 

A obrigação faz parte da Lei nº 11.638/07, que alterou e revogou alguns itens da chamada Lei das S/As (Lei nº 6.404). Em síntese, ela modificou alguns aspectos contábeis no levantamento dos ativos de empresa, visando unificar práticas contábeis brasileiras com as adotadas pelo International Accounting Standards Board (IASB).

Para saber mais sobre a revisão da vida útil e como ela é aplicada na gestão do ativo imobilizado, preparamos o artigo abaixo com informações úteis para você. Confira!

O que é ativo imobilizado?

Ativos fixos ou imobilizados referem-se a ativos tangíveis de longo prazo que são usados ​​nas operações de uma empresa. Esse tipo de ativo proporciona ganho financeiro de longo prazo, tem vida útil superior a um ano e está classificado no balanço patrimonial de um negócio.

As principais características de um ativo imobilizado estão listadas abaixo:

Eles têm uma vida útil de mais de um ano

Ativos fixos são ativos não circulantes que têm vida útil de mais de um ano e aparecem no balanço patrimonial da empresa como ativo imobilizado.

Podem ser depreciados

Com exceção de terrenos, os ativos fixos sofrem depreciação para refletir o desgaste do uso do ativo fixo.

Fornecem ganho financeiro de longo prazo

Os ativos imobilizados são usados ​​pela empresa para produzir bens e serviços e gerar receita. Eles não são vendidos a clientes ou mantidos para fins de investimento.

São ilíquidos

Os ativos imobilizados são um ativo não circulante no balanço de uma empresa e não podem ser facilmente convertidos em dinheiro.

Leia também::: Avaliação dos ativos e passivos: Como funciona?

O que é vida útil de um ativo?

Vida útil de um ativo é o tempo, determinado pelo fabricante, de vida útil de determinado item. Porém, esse prazo pode ser alterado por diversos fatores, tais como regime de trabalho, obsolescência tecnológica, uso inadequado, tipo de manutenção aplicada, entre outros.

Desta forma, a variação na vida útil de um ativo influencia no investimento feito pela empresa. Por exemplo, uma máquina que deveria ter vida útil de 10 anos, por uso inadequado, teve sua vida útil reduzida para cinco anos.

Com isso, o investimento feito se torna muito maior, já que a vida útil do ativo caiu pela metade, sendo necessário um novo investimento para reposição do ativo. Além disso, é necessário que a empresa contabilize a depreciação do item de forma mais acelerada, impactando também no seu fluxo de caixa.

Por sua vez, o valor residual de um ativo é o valor estimado ao final da sua vida útil econômica. Já o valor depreciável é a diferença entre o valor contábil do ativo e do seu valor residual.

Qual o objetivo da revisão da vida útil de ativos?

A revisão da vida útil do ativo imobilizado visa adequar a gestão dos ativos dentro da empresa. Para isso, deve seguir as determinações da Lei nº 11.638/07 e do CPC 27. 

Essa revisão trata especificamente do tratamento contábil dos ativos imobilizados dentro da empresa, facilitando e fundamentando questionamentos de auditorias contábeis.

Além disso, o cálculo da vida útil dos ativos permite obter a nova taxa de depreciação, em função da vida útil econômica do ativo. Essa taxa representa uma despesa/custo anual para a empresa, interferindo diretamente nos resultados.

Por fim, essa taxa é usada para estimar o valor justo do ativo, quando não há dados suficientes sobre um determinado ativo no mercado. 

Desta maneira, se o avaliador quer saber qual o valor justo de um determinado item, e não há transações semelhantes no mercado, ele pode usar o valor do ativo novo e calcular de acordo com a taxa de depreciação encontrada.

Como é feita a revisão da vida útil?

A revisão da vida útil na gestão do ativo imobilizado precisa seguir alguns passos determinados pelas legislações em vigor.

Por exemplo, o Laudo de revisão de vidas úteis deve ser fundamentado de acordo com o ICPC 10, que é a interpretação do CPC 27.

E para fazer a revisão da vida útil, é necessário inicialmente fazer uma vistoria dos ativos, quando serão analisados dados como:

  • ano de fabricação do bem
  • o tipo de manutenção aplicada
  • a frequência com que a mesma é efetuada
  • a capacidade produtiva dos ativos
  • as condições de utilização
  • se a atuação dela é isolada ou parte integrante do sistema
  • taxas de falhas

Com base em tais informações, será feita uma avaliação de acordo com tabelas da matéria de Engenharia de Avaliações, como a Tabela Publicada pelo Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia (IBAPE), ou a tabela alemã de vidas úteis. 

Leia também::: Afinal, quanto custa para fazer um inventário de ativos para uma empresa?

Conte com ajuda profissional

Importante lembrar que a revisão da vida útil é peça-chave importante na gestão do ativo imobilizado e por isso se torna também uma exigência legal para as empresas. 

Tal revisão ainda permite o acompanhamento correto do seu patrimônio, redução de custos e melhor aproveitamento dos recursos disponíveis.

Para realizar a revisão, o ideal é contar com profissionais qualificados para a realização deste tipo de operação. Aqui na RRK Soluções Patrimoniais somos especialistas na revisão da vida útil de ativos, permitindo um levantamento rápido e preciso dos valores de cada ativo imobilizado.

Esperamos que tenha gostado do artigo sobre revisão da vida útil de ativos imobilizados. E caso precise deste serviço, conte com a RRK Soluções Patrimoniais!

 

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